A eleição de 93 com Rui Correa e Everaldo Martins

Uma vez no dia 7 de Setembro de 93, estava em casa quando o telefone tocou era Dr. Ubaldo me chamando para ir para a televisão, chegando lá soube que um militar que estava no palanque das autoridades no desfile militar, quando a candidata a vereadora Socorro Pena subiu no palanque para discutir com o coronel, nao lembro qual era o assunto, mas o coronel tirou a mão da Socorro que sustentava a mesma pendurada no palanque, perdendo o equilíbrio ela caiu no chão. Quando cheguei na televisão vi que tinha uma manifestação em frente da TV hoje TV Santarém de mais ou menos uns 100 petistas que queriam porque queriam que Rui Corrêa o candidato a prefeito fosse a televisão gravar um programa se solidarizando com a candidata, a vereadora Socorro Pena, com o fato de que o militar a tinha agredido, o problema que eu tinha gravado o primeiro programa eleitoral mostrando o meu candidato falando que so falaria coisas positivas e nao brigaria com ninguém, era o Ruizinho paz e amor, já planejando gravar o ultimo programa com ele lembrando dessa promessa e que tinha cumprido, e como tinha cumprido essa, cumpriria outras prometidas durante toda a campanha. Mesmo porque tinha brigas internas no partido com os candidatos a vereador, e caso eu fizesse o que os petistas queriam daria uma vantagem maior a candidata Socorro, J. Ninos foi um dos que me ameaçou sobre isso, ele era candidato a vereador na época.
Chamei o Edvaldo Correa que fazia os texto do candidato e pedi para ele me fazer um em defesa do Rui e da Socorro mas que nao colocasse ele com conotação de apoio individual e sim como um líder de todos, foi ai que Edvaldo escreveu um dos mais belos texto, lembro de uma frase que ficou como slogan o resto da campanha. `Mas amanha, um novo tempo virá`.
Enquanto Edvaldo escrevia texto, a cúpula da campanha ficou na sala da diretoria na TV, Everaldinho ficava andando o tempo todo na sala nervoso, ele era o candidato a vice na eleição e cacique no partido PT. 
Chegando o texto pelas mãos de Edvaldo que me foi entregue, li e dei uma copia ao Everaldo e ao Dr. Ubaldo, Everaldo acabou de ler, olhou pra mim e falou... é, ta bom, todo mundo sorriu, a felicidade voltou a reinar na campanha, esse foi o fato mais tenso dela, ameaça que os petistas faziam era de que caso nao fosse cumprida as exigências, eles sairiam da coligação. Era o fim da perspectiva de vitoria. 
Dr Ubaldo me olhou e piscou um dos olhos satisfeito com o final.  

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